Editorial de Newsletter | Janeiro de 2024

Este novo ano

2024 começou com a lembrança amarga da invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Ao mesmo tempo, o governo, parlamentares e os ministros do STF mostraram articulação e ação rápida para coibir a tentativa golpista. Nesse um ano do ocorrido, o regime democrático segue seu curso. Para quem trabalha pró-direitos e democracia, como a Fundação e seus parceiros, são boas notícias. Mas os atos de cunho golpista mostraram a radicalização de uma parte da sociedade brasileira, que segue polarizada. A reconstrução das bases de diálogo com a sociedade, o rechaço e construção de estratégias para coibir a desinformação e discursos de ódio ainda tomam parte das forças das organizações pró-democracia no país. E seguimos esperando que os financiadores e promotores daqueles atos sejam punidos.

Este novo ano

2024 começou com a lembrança amarga da invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Ao mesmo tempo, o governo, parlamentares e os ministros do STF mostraram articulação e ação rápida para coibir a tentativa golpista. Nesse um ano do ocorrido, o regime democrático segue seu curso. Para quem trabalha pró-direitos e democracia, como a Fundação e seus parceiros, são boas notícias. Mas os atos de cunho golpista mostraram a radicalização de uma parte da sociedade brasileira, que segue polarizada. A reconstrução das bases de diálogo com a sociedade, o rechaço e construção de estratégias para coibir a desinformação e discursos de ódio ainda tomam parte das forças das organizações pró-democracia no país. E seguimos esperando que os financiadores e promotores daqueles atos sejam punidos.



2023 também recebeu a volta do Brasil às mesas de diálogos internacionais e em 2024 e 2025 o país será palco de dois dos principais encontros multilaterais: o G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro e a COP 30 (Conferência das Partes), em Belém, colocando em destaque a Amazônia e sua importância vital para minimizar os efeitos das mudanças climáticas. ONGs, institutos de pesquisa, academia, movimentos sociais e coletivos estão se engajando nas tratativas e grupos de trabalho. Envolver as comunidades locais é fundamental. São eles que conhecem o território e sabem o que efetivamente pode dar certo. A Fundação está se conectando com organizações no Brasil e sua rede de parceiros internacionais e seguirá essas conversas.



Há sempre um gosto amargo no que de fato se pode avançar nesses eventos, mas inegavelmente, acontecendo no Brasil eles serão uma plataforma interessante para articular e propor caminhos para uma sociedade menos desigual. Não podemos esquecer também que pensar em políticas contra as mudanças climáticas na Amazônia ou outros territórios periféricos no Brasil significa se deparar com interesses poderosos, como os do agronegócio e os dos grupos armados de milicianos e traficantes, que muitas vezes ditam as regras econômicas e políticas nesses locais. A ação das forças de segurança e do judiciário será fundamental para o efetivo estabelecimento de políticas que melhorem a vida das pessoas nesses locais, respeitando seus modos de vida.

Olhar este novo ano com otimismo é essencial.